Reconstrucionismo Helênico no Brasil (RHB)
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Mensagem  AnaCarolina Sex Out 03, 2008 3:53 pm

Alea!

Minhas saudações a todos os membros do fórum de Reconsrucionismo Helênico do Brasil. Meu nome é Ana Carolina, tenho 26 anos, carioca. Sou enfermeira. Há, no entanto, uma outra área da minha vida que foi responsável por ter encontrado o fórum de vocês. Sou uma Vestal, uma sacerdotisa de Héstia em Esparta, uma micronação lusófona que busca a convivência e a socialização de pessoas de diversos tipos em torno da política e das relações interpessoais baseadas naquelas da antiga cidade-estado grega de Esparta.

Fui designada por Sua Magnânima Majestade, Mariano de Ágide, o Rei de Esparta e Diarca de Atena, para vir até vocês trazer algumas mensagens da polis. A primeira delas é o nosso muito obrigado. Esparta sofre contínuo preconceito de instituições ligadas à igreja católica micronacional por ter templos como o de Héstia, no qual sou sacerdotisa. A exaltação espartana dos arquétipos gregos é algo totalmente novo no micronacionalismo, mas nem todas as micronações estrangeiras e pessoas envolvidas estão prontas para receber o diferente com respeito. Nesse sentido, o trabalho que vocês fazem aqui ajuda a mostrar que não estamos sozinhos.

Trago também, em nome do povo de Esparta, a gratidão por servirem de fonte de consulta para o nosso cotidiano. Foi daqui que tiramos o calendário que usamos para datar nossos documentos e leis. Foi aqui que aprendemos sobre os festivais. Em suma, Esparta deve muito da sua fidelidade cultural helênica ao trabalho que vocês fizeram aqui. Nem sempre temos essa dimensão quando publicamos na internet, mas fazemos questão de trazer até vocês essa dimensão: vocês estão, mesmo que indiretamente, ajudando pessoas que têm os mesmos objetivos que vocês.

Por fim, convido a todos a conhecer a Diarquia Democrática de Esparta. Não somos um fórum, de forma que não apresentamos nenhuma “concorrência”. Estamos buscando com seriedade reconstruir não só o aspécto religioso através dos templos, aplicando suas linhas mestras ao micronacionalismo e à vida contemporânea, mas também a reconstrução legal através da Retra de Licurgo, das sagradaas assembléias de Esparta e dos tronos dos dois reis espartanos. Creio que temos muito a aprender uns com os outros.

Gostaria de, em nome do Estado Espartano, pedir autorização dos moderadores do fórum para organizar a visita de alguns filhos de Esparta. Peço também autorização para colocar aqui o link de nosso site, para que as pessoas possam nos visitar ou pedir cidadania. Vi nas FAQ que podemos incluir links no final das mensagens, mas como acabo de chegar e como venho oficialmente em nome do meu soberano, achei prudente aguardar pela autorização de vocês. O micronacionalismo já é um hobby fascinante há mais de 20 anos. Ligado à cultura helênica, torna-se algo ainda mais especial.

Por fim, peço desculpas caso tenha causado algum transtorno ou dito algo que possa ofender ou atrapalhar o trabalho de vocês nesse magnífico fórum. Caso essa mensagem seja considerada impertinente, peço que seja imediatamente removida.
A todos os membros do fórum, as bençãos de Héstia e as saudações de Esparta.

Cordialmente

Anna Carolin
Vestal da Chama Sagrada de Esparta
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AnaCarolina

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Mensagem  Thiago Oliveira Sex Out 03, 2008 4:32 pm

Oba! mais uma devota de Héstia ..rsrsrs
cheers
mas permita-me uma "correção" ...

Vestal da Chama Sagrada de Esparta

As vestais não eram as sacerdotizas de Héstie em Roma ?? Caso não esteja enganado, em Hellas elas não recebem esse ou nenhum outro nome. Na´série de TV do Hércules e as Jornadas Místicas, me lembro de um episódio em que uma "vestal" como são chamadas em Roma, era chamada por Hérakles e Iolaus de "sacerdotiza Hestial", ou seja, uma das sacerdotizas de Héstie. PArticularmetne não encontrei nenhum repgristro sobre isso ainda, mas acho que a designação "vestal" não nos cabe, como Helênicos e Helênicas.
queen
Thiago Oliveira
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Mensagem  AnaCarolina Sex Out 03, 2008 4:42 pm

Thiago,

É muito bom saber disso. Em Esparta, há influências da cultura romana em alguns pontos. Esse é um deles. É inegável que ambas as culturas (grega e romana) convergiram e trocaram entre si, de forma que Hestia e Vesta são, no fim das contas, a mesma divindade. Mesmo assim, apenas lançamos mão da cultura romana quando não encontramos - provavelmente por falta de conhecimento - equivalentes na cultura grega, que é nossa linha mestra em Esparta. Com base nas suas observações, vou levar a possível modificação ao Rei e Esparta. A idéia é caminhar para o mais próximo possível de como era na Esparta clássica.
Definitivamente, Esparta tem muito a aprender com vocês.
Um grande abraço

Em Héstia
Anna Carolin

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Mensagem  Ricardo Mário Gonçalves Sex Out 03, 2008 9:07 pm

Seja Bem-Vinda, Anna Carolin!
Aprendi muito com seu depoimento.
Que Héstia esteja sempre com você e todos os novos lacedemonios!
Um abraço!

Ricardo Mário Gonçalves

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Mensagem  Alexandra Sáb Out 04, 2008 12:52 pm

Acredito que você não tenha lido o fórum antes de postar aqui. Para começar, não acreditamos que os deuses gregos e romanos sejam a mesma coisa. Segundo, pelo que me falaste em MP, a "organização" de vocês é algo de entretenimento e cultura, coisa que nós não somos, somos um grupo religioso sério. Se você tivesse lido a tradução que fiz de um texto do Sannion sobre as razões pelas quais as pessoas não praticam o Helenismo (não ser o favorito dos neopagãos modernos), teria visto o trecho que fala do desencorajamento de nomes "criativos" e títulos extravagantes (como vc se proclama "Vestal"/"diplomata" e proclama seu amigo um "Sua Magnânima Majestade, Mariano de Ágide, o Rei de Esparta e Diarca de Atena") e de não haver 'superpoderes' ou conspirações. Transcrevo novamente uma parte específica do texto que já foi postado no nosso fórum:

"Francamente, se alguém acredita que “viver a religião” é ser participante de uma versão helênica da Feira da Renascença ou um jogo de RPG, estão redondamente enganados. O Helenismo é uma religião que requer que encaremos a realidade, não escapando dela. O Helenismo é uma religião da razão, independente se a pessoa segue a filosofia ou não. Enquanto muitos de nós optamos por nomes gregos razoáveis como cognome online, isso não tem nada a ver com a religião, com a vida real, ou com qualquer tipo de nome especial mágico, espiritual ou religioso. Isso também se estende a títulos extravagantes, que arrogantemente consagram o self de alguém como o mais favorecido ou exigindo ser algo privado ao conhecimento especial revelado."

Quem deveria lhe fazer sentir sacerdotisa de Héstia seria a deusa e não um humano que te proclamou assim. Em momento algum lhe vi relatar a aproximação que Ela teria feito para chegar a ser sua deusa patrona, que dirá o tipo de preparação que você teria feito para ser "Vestal". E nem vou entrar no mérito da pureza, requerida na Antiguidade para as que se dedicavam a Ela.

Diga ao seu "soberano" (como te referiste a ele na MP) que não cultuamos os deuses por questão de ego ou entretenimento, mas por afinidade ética e amorosa com os mesmos. E que ele deveria estudar as diferenças entre religião helênica e romana e estudar a organização da antiga religião grega antes de sair nomeando "sacerdotes", que inclusive não era assim que adquiriam seus títulos.

Portanto, nosso fórum nada tem a ver com a proposta de vocês, e - ao menos da minha parte - não haverá encorajamento dos membros a participar do grupo do ning.
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Mensagem  AnaCarolina Dom Out 05, 2008 5:13 am

Alexandra,

Antes de qualquer coisa, peço perdão se lhe ofendi ou a sua religião de alguma forma. Não era a idéia. Vim para fazer contato, para aprender, para pesquisar e para apresentar o que julgávamos ser um projeto em sintonia com o de vocês. Ora, se o que fazem é reconstrucionismo – reconstruir algo – helênico (no caso de vocês, da faceta religiosa), o que fazemos também o é, só que no âmbito político. Pode ser que em um primeiro momento, sem conhecimento real do que fazemos, a coisa possa parecer uma brincadeira, mas não é. Há sociedades antigas, com mais de 20 anos, girando em torno de projetos micronacionais sérios, que se dedicam a estudos sociológicos, políticos e, também, religiosos.

Vou lhe contar o caso da Igreja Católica. Há muitos anos, fundaram a representação da igreja católica no micronacionalismo. Participavam dela católicos, que acreditavam de fato no que faziam e diziam. Por muito tempo levaram suas crenças e as divulgaram no meio micronacional. Como fazem na sociedade macro, se envolveram na política e buscaram apontar caminhos e direções.

Depois de muito estudo e contatos oficiais, a “microigreja” tem reconhecimento formal da Igreja Apostólica Romana, contando inclusive com alguns padres em seus quadros. Quando entenderam que tratava-se de algo sério, abriram mão dos preconceitos e passaram a encarar o micronacionalimo como uma faceta do paradigma criado pela Internet: a criação de verdadeiras sociedades virtuais, e aceitara que aquele poderia ser um território novo para a igreja, mas que não carecia de repúdio, mas de cuidado.

Esparta (micronacional) nasceu com firmes bases na cultura helênica. A grande maioria dos esparciatas se interessam pela cultura e pela mitologia grega. Alguns, pela religião. Sim, há entretenimento em Esparta (ninguém se prende a nada que não a entretenha, lembrando que “entreter” não precisa ser visto como algo pejorativo ou menos sério. O que é sério não precisa ser enfadonho, certo?), no entanto, não temos a diversão como finalidade, mas a reconstrução em miniatura do ordenamento jurídico, social e interpessoal que havia na cidade-estado de Esparta.

Acho bobo citar alguns dados, mas as vezes são necessários para explicar que não somos um joguinho. Temos no micronacionalismo pessoas com mais de 50 anos, ex-embaixadores e diplomatas. Um grande micronacionalista é Fioravantti, articulista de jornais e aposentado pela ONU. Há políticos, donos de empresas, padres. Esparta tem hoje entre seus cidadãos alguns filósofos, advogados e jornalistas. Eu sou enfermeira, casada e com filhos. Em momento algum disse ou mesmo pensei que vocês não eram sérios, mas nós, em contrapartida, também somos.

Sobre títulos e cargos, cabe uma explicação. Não havia lido o texto (lerei agora mesmo. Como disse, quero aprender mais sobre o reconstrucionismo), mas ele não se encaixa a nós. Como Esparta ainda não toca na religião – e talvez não venha a tocar – os dogmas não se aplicam. Títulos e cargos não existem para satisfazer os egos. O Rei de Esparta foi eleito atravpés de voto direto entre os seus, não só por passar anos concebendo e preparando a micronação, mas pela sua dedicação diária à mesma. Carrego o cargo de diplomata porque passei nos exames (nos quais são exigidos alguns conhecimentos de direito e política internacional) para fazer esse trabalho. Há leis, há costumes, e mesmo que em uma escala em miniatura, não acho correto apontar uma sociedade como inválida se ela se organiza de forma democrática e opta por seus caminhos coletivamente.

Darei seu recado ao soberano (que assim é pelas mãos do povo, que o escolheu e o legitima no cargo diariamente), mas não há aí nada que ele já não saiba. Viemos em paz, Alexandra, nos julgando irmãos. Em momento algum dissemos que a egolatria os move, da mesma forma que não move Esparta. Não entendo por que a rispidez. Afinidade ética e amorosa é o combustível de Esparta também. Nada que fazemos envolve dinheiro. Nenhum cargo é recebido sem a aprovação em assembléia, tudo o que fazemos em Esparta é por dedicação voluntária.

O soberano de Esparta me nomeou diplomata, não sacerdotiza. Os templos de Esparta não passam pela ingerência política. Na verdade, o nosso templo de Héstia nasceu para acolher os novatos, para ensinar a eles o que é o micronacionalismo, como funciona, aconselhar as melhores áreas onde poderão se encaixar. Não há religião envolvida, mas cremos profundamente que o mais importante é a essência das coisas. Héstia foi escolhida como matrona desse trabalho por tratar-se de algo que, no micronacionalimo, costuma ser visto como secundário e pouco importante. Por pura caridade, sem ganhar para isso, por afinidade amorosa, nós do templo de Héstia escolhemos fazer esse trabalho. A essência é a mesma, não é?

Fico muito triste por encontrar tanta resistência e dureza em suas palavras. Tenho a mania de achar que membros de religiões oprimidas pela mente fechada e dogmática do catolicismo tendem a ser mais abertas para o diferente, para aqueles que se aproximam de alguma forma com suas crenças. Pela segunda vez em minha vida, vejo que não. Há sempre uma reprodução do pensamento dominante católico: “O que eu faço é sério. Os outros, ignorantes, estão errados e devem aprender conosco como seguir o caminho certo. A verdade é nossa”. A essência de tudo se perde no meio dos dogmas. Quando pensamos que os diferentes são errados e que o que não é nosso não é legítimo, nos fechamos para o mundo. Não entendo essa postura.

Desde o início, disse que nosso objetivo é aprender com vocês. Pelo que entendi, não somos dignos. Peço perdão pela intromissão, como fiz na minha primeira mensagem, pelo contato e pelos equívocos causados pela minha ignorância. Discordo que o fórum de vocês nada tenha a ver com Esparta. Ambos reconstruímos o helenismo, vocês pela religião, nós pela política. Concordo, porém, que os membros do fórum não devam ser encorajados a conhecer Esparta se vierem como se a verdade lhes fosse uma posse pessoal, considerando todo o resto indigno. Somos por demais democráticos e nem sempre os donos do conhecimento - principalmente os que rechassam a aproximação dos que querem um pouco dele – conseguem fazer valer a sua verdade. Por fim, assim como esse fórum é apenas um veículo que leva conhecimento a quem por aqui passa, não sendo a finalidade de vocês, o nosso site no ning (e todos os outros) também não é Esparta. A Diarquia Democrática de Esparta é muito mais. É a crença de que uma sociedade ainda pode viver de forma harmônica como viviam os antigos na grécia. Esparta é nossa casa, é onde trabalhamos, nos conhecemos e compartilhamos o conhecimento que temos – correto ou não, completo ou não – uns com os outros.

O convite para que compartilhem o vosso conhecimento permanece. Talvez não sejamos considerados dignos dele, mas permanecerá sempre, pois Esparta não se fecha a ninguém. Não nos importa credo, cor, religião, sexualidade. Não esperamos que todos os que chegam conheçam de cor nossos conceitos. Estamos prontos a ensinar. Tudo o que é necessário é vontade de conhecer algo novo.

Em Esparta, costumamos dizer que os recém chegados devem ser tratados com reverência e cuidado, pois deles será a polis de amanhã, eles que perpetuarão nosso trabalho. Por alguma razão, achei que pensávamos da mesma forma nesse assunto. É pena que, de acordo com vossas mensagens, não é assim.

Perdão pelo transtorno.

Ana Carolina
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Mensagem  Alexandra Dom Out 05, 2008 12:01 pm

AnaCarolina escreveu:Ora, se o que fazem é reconstrucionismo – reconstruir algo – helênico (no caso de vocês, da faceta religiosa), o que fazemos também o é, só que no âmbito político.
Novamente, Reconstrucionismo não é só "reconstruir algo", deves ler as propostas apresentadas no fórum de 'Propósitos e Ética' e os artigos para iniciantes antes de tirar uma conclusão baseada apenas no nome da nossa crença.

Pode ser que em um primeiro momento, sem conhecimento real do que fazemos, a coisa possa parecer uma brincadeira, mas não é. Há sociedades antigas, com mais de 20 anos, girando em torno de projetos micronacionais sérios, que se dedicam a estudos sociológicos, políticos e, também, religiosos.
Isso eu conheço e louvo a iniciativa desses projetos, mas não costumo ver entre eles uma falta de humildade ao se autodenominarem "reis" e "sacerdotes" sem uma razão plausível e com títulos extensos e pomposos como observei no vosso caso.

Vou lhe contar o caso da Igreja Católica...
Como já te respondi no outro post, é de interesse da Igreja Católica aceitar qualquer coisa para não perder fiéis.

Acho bobo citar alguns dados, mas as vezes são necessários para explicar que não somos um joguinho. Temos no micronacionalismo pessoas com mais de 50 anos, ex-embaixadores e diplomatas. Um grande micronacionalista é Fioravantti, articulista de jornais e aposentado pela ONU. Há políticos, donos de empresas, padres. Esparta tem hoje entre seus cidadãos alguns filósofos, advogados e jornalistas. Eu sou enfermeira, casada e com filhos. Em momento algum disse ou mesmo pensei que vocês não eram sérios, mas nós, em contrapartida, também somos.
De novo: Uma coisa é viver a educação espartana, pessoas de qualquer idade podem se propor a assimilar isso para a vida e é ótimo, outra é se julgar uma autoridade religiosa (sacerdote/rei) que me parece um tanto autocrática. Aqui também somos médicos, psicólogos, pedagogos, historiadores, a maioria com pós-graduação, mas não é o que importa nesta discussão, novamente ficou parecendo questão de ego.

Como Esparta ainda não toca na religião – e talvez não venha a tocar – os dogmas não se aplicam.
Pronto, você chegou ao ponto: se os dogmas religiosos não se aplicam, o que vocês estão fazendo/buscando em um site/fórum religioso?

Títulos e cargos não existem para satisfazer os egos. O Rei de Esparta foi eleito atravpés de voto direto entre os seus, não só por passar anos concebendo e preparando a micronação, mas pela sua dedicação diária à mesma. Carrego o cargo de diplomata porque passei nos exames (nos quais são exigidos alguns conhecimentos de direito e política internacional) para fazer esse trabalho. Há leis, há costumes, e mesmo que em uma escala em miniatura, não acho correto apontar uma sociedade como inválida se ela se organiza de forma democrática e opta por seus caminhos coletivamente.
Vou dizer de novo, o problema não está em ser diplomata se você conhece direito e política internacional, mas em ser "sacerdotisa Vestal" se você já admitiu não saber praticamente nada de religião grega antiga. O problema não está em ser rei por ser um administrador e concebedor de algo, mas em se dizer "Sua Magnânima Majestade, Mariano de Ágide, o Rei de Esparta e Diarca de Atena", que - além de pomposo - se refere a cidades que existiam antes da micronação instituída por ele...

Viemos em paz, Alexandra, nos julgando irmãos. Em momento algum dissemos que a egolatria os move, da mesma forma que não move Esparta. Não entendo por que a rispidez. Afinidade ética e amorosa é o combustível de Esparta também. Nada que fazemos envolve dinheiro. Nenhum cargo é recebido sem a aprovação em assembléia, tudo o que fazemos em Esparta é por dedicação voluntária.
Um moderador comentou comigo como eu sempre sou de política de boa vizinhança, mas como ele também concordava que desta vez não tinha como, pois não há mesmo afinidade, e sentimos que houve de você uma aproximação mais vertical do que horizontal. Não foi na verdade muito 'diplomático'. Quanto ao voluntarismo, chega a ser um pouco ofensivo citar isso, pois nós também nunca nos envolvemos com dinheiro e fazemos/disponibilizamos extensas traduções sem cobrar nada por elas. O próprio fórum é aberto para a leitura de qualquer pessoa, incluisive as que não são membro. E foi assim que vocês chegaram aqui.

O soberano de Esparta me nomeou diplomata, não sacerdotiza. Os templos de Esparta não passam pela ingerência política. Na verdade, o nosso templo de Héstia nasceu para acolher os novatos, para ensinar a eles o que é o micronacionalismo, como funciona, aconselhar as melhores áreas onde poderão se encaixar. Não há religião envolvida, mas cremos profundamente que o mais importante é a essência das coisas. Héstia foi escolhida como matrona desse trabalho por tratar-se de algo que, no micronacionalimo, costuma ser visto como secundário e pouco importante. Por pura caridade, sem ganhar para isso, por afinidade amorosa, nós do templo de Héstia escolhemos fazer esse trabalho.
Bom, se você não foi nomeada sacerdotiSa, não foi o que pareceu, pois se apresentou como "uma Vestal", então não sabes o que é uma vestal? Não há problema algum vocês se devotarem a Héstia, mas - de novo - muito cuidado com os títulos com que se apresentam. Se houvessem chegado aqui com mais humildade, com certeza eu não estaria precisando falar mil vezes aqui a mesma coisa.

Há sempre uma reprodução do pensamento dominante católico: “O que eu faço é sério. Os outros, ignorantes, estão errados e devem aprender conosco como seguir o caminho certo. A verdade é nossa”. A essência de tudo se perde no meio dos dogmas. Quando pensamos que os diferentes são errados e que o que não é nosso não é legítimo, nos fechamos para o mundo. Não entendo essa postura.
Repito que você REALMENTE não leu o conteúdo do fórum antes de opinar e está nos julgando. Não somos donos da verdade. Se você visse os que nos acompanham desde o começo deste século, veria que são pessoas das mais diversas opiniões: aqui não estão apenas os reconstrucionistas, mas também os ecléticos, os neoplatônicos, os neo-órficos, os neopitagóricos, os descendentes dos pelasgos, os neopagãos greco-romanos, os politeístas de outros panteões que têm simpatia e afinidade e admiração com o Helenismo etc. Não impomos nada nem decidimos quem vai ser parte daqui ou não, até porque não somos um grupo, somos um site de informações sobre a religião, quem quiser segui-la e compartilhar experiências conosco, ótimo! Mas chegar impondo (como foi o caso de vocês, e não o nosso), é o que causa esse estranhamento da nossa parte e essa sensação de repelimento da parte de vocês.

Desde o início, disse que nosso objetivo é aprender com vocês. Pelo que entendi, não somos dignos.
Ninguém é indigno de aprender, mas você não chegou pedindo para aprender, chegou pedindo aliança com algo já pronto. Leia o site e depois venha conversar. Se continuarmos nessa ladainha sem vocês conhecerem a nossa proposta antes, ficará inviável seguir com esta discussão.

Estamos prontos a ensinar. Tudo o que é necessário é vontade de conhecer algo novo.
É nessa tecla que estou batendo, vocês estão dispostos a ensinar, mas não parecem dispostos a aprender, porque não estudaram nem a ética reconstrucionista ainda, que dirá o resto do site e dos livros que indicamos.

Representante de um hobby sério, que conta com a participação de milhares de pessoas em todo o mundo, e que recebe seus novatos com alegria.
Vê como você assina com vontade de expor seu grupo, com orgulho (no mau sentido) de estar em algo sério e tudo o mais. Não precisamos dessas auto-afirmações para sabermos quem somos...
Abaixe um pouco a insegurança, a auto-defesa e a falta de humildade, que tal?
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Mensagem  Leandro de Souza Ter Out 07, 2008 8:06 pm

Concordo com a Alexandra.Pessoalmente penso que reconstruir a religião das polis helênicas e recontruir o antigo Estado Espartano fora de Esparta não são a mesma coisa.Os Deuses estão em toda parte.Os estados nacionais não.Porem diferente de Alexandra considero Hestia e Vesta como Unica.Mas Esparta cultua Hestia e não Vesta.Concidero que cada Deus escolhe o nome pelo qual cada nação deva concidera-Lo.
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