Onde Ler e Onde Não Ler...
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Onde Ler e Onde Não Ler...
(Introdução Básica. Comece por aqui, mas veja mais na parte de 'Livros'.)
Em geral, politeístas helênicos trabalham com fontes antigas. Isso inclui Homero, Hesíodo, as peças como as de Eurípedes, Aristófanes, Ésquilo, os hinos de Orfeu e as fábulas de Ésopo.
Embora haja muitos autores nos últimos dois séculos que escreveram sobre os trabalhos antigos, suas versões realmente podem ser dispensadas. Por exemplo, o tema central do livro de Sir James Frazer, "O Ramo de Ouro", não é mais aceito como sendo válido para o politeísmo. Robert Graves, Edith Hamilton e Thomas Bullfinch, embora maravilhosos escritores, vêem os mitos com uma perspectiva muito da era vitoriana.
E para os politeístas helênicos vale mais a pena ler as fontes antigas. A editora Mandarim publicou a Ilíada de Homero em dois volumes, com a fonte original grega nas páginas da esquerda e a tradução de Haroldo de Campos nas páginas da direita, e ficou um trabalho muito bom. É importante salientar que, embora os mitos sejam extremamente úteis em vários aspectos, nossas crenças religiosas não se baseiam apenas neles. Por pensar assim é que muitos nos criticam achando que não deveríamos tomar os mitos como fatos, quando na verdade quem faz isso são os neo-pagãos e não nós.
Textos Recomendados:
# Textos básicos como Hesíodo, Homero, Cícero, etc. Tenha em mente o período no qual eles foram escritos: Hesíodo compôs no século VIII antes da era cristã, Homero provavelmente por aí também, mas Cícero escreveu no século I a.C. Heródoto é uma boa fonte, mas muito freqüentemente as pessoas o citam (erroneamente) como "fato" quando Heródoto na verdade está meramente apresentando uma história para você decidir se é verdade ou não.
# Artigos específicos em resenhas de publicações arqueológicas e históricas podem ser encontrados em: Journal of Hellenic Studies (JHA), American Journal of Archaeology (AJA), Anatolian Studies (AS), Annual of the British School in Athens (BSA), Classical Quarterly (CQ), Greek, Roman, and Byzantine Studies (GRBS), Journal of Indo-European Studies (JIES) etc. Esses periódicos são uma fonte importante de atualização e de desafio a teorias aceitas e podem ser encontrados nas bibliotecas da maioria das universidades.
# Mitógrafos como Karl Kerenyi ("Os Deuses Gregos" e "Os Heróis Gregos") são também boas leituras, mas lembre-se que eles devem ser estudados criticamente se você vai utilizá-los como fontes.
Textos a evitar:
# Qualquer coisa wiccana. [Vá na parte de 'Propósitos' em 'Artigos' para ver as diferenças.] Muito cuidado com as 'misturebas', uma vez eu comprei um "Dicionário de Mitologia" que trazia uma introdução de várias páginas falando na "grande mãe", numa abordagem totalmente neo-pagã. Resultado: arranquei a introdução, e tento só consultá-lo em último caso.
# A teoria de nova era das "deusas idílicas", onde "o importante é a intuição e a experiência, você deve sentir que está correto no que você diz". Essa não é uma hipótese intelectualmente respeitável mais. Ela foi inventada por conjecturar muito além do que os fatos avaliáveis permitiriam, foi guiada por agendas políticas e foi "validada" pela intuição. Embora a crença em uma Deusa universal do Neolítico tenha sido abraçada por alguns teóricos há várias décadas atrás, recentes críticos acadêmicos têm tido sérias dificuldades com esse ponto de vista, e ele está um tanto desacreditado. Porém, a maioria não se manifesta muito, para não serem tachados de 'anti-feministas'.
# Riane Eisler usa as mesmas idéias acima para argumentar que algumas características da civilização moderna (como o patriarcado, a arte da guerra, as competitividades) são desenvolvimentos históricos recentes, introduzidos pelos vilãos indo-europeus contra a população indígena de paz-e-amor. Enfadonho. Não gaste seu dinheiro com Eisler.
# Barbara Walker. Uma vez citando que as mulheres são moralmente superiores aos homens, ela se fia pesadamente em referências anedóticas e evita notas de rodapé em pontos importantes. Suas histórias, como a de 'por que Atena se tornou a padroeira de Atenas', por exemplo, na verdade não tem nenhum fundamento. Ainda mais questionável são suas tentativas de associar Koran com Kore, o que é tão ruim quanto comparar a Sandy com o Ghandi. =þ Associação de palavras não faz de ninguém um estudioso.
# Robert Graves. Aristóteles uma vez disse que "um poeta é alguém que dominou a arte de contar mentiras". Graves ao menos admite que é um poeta e não um historiador, embora as pessoas continuamente o citem como fato. Surpreendentemente (ou não) ele se tornou a fonte primária para muitas autoras feministas ainda que o próprio Graves tenha escrito que apenas os homens podem ser inspirados pelas Musas. Provavelmente, o conceito de uma deusa trina em seus aspectos de lua nova (criança), cheia (mãe) e minguante (idosa), é uma invenção de Graves. Seus mitos gregos fazem uma pequena distinção entre conjecturas e os mitos gregos reais e faz os seus leitores se perderem em um labirinto contorcido de notas de rodapé. Em uma entrevista à televisão BBC, ele afirmou que a homossexualidade era causada por ingerir quantidades excessivas de leite. (!) Sua "razão objetiva" pode ser dispensada.
# James Frazer. Não mais usado como um texto padrão de antropologia, seu volumoso trabalho, O Ramo de Ouro, é citado ad nauseam tanto por feministas quanto por escritores do neo-paganismo. Sua idéia, porém, de que todas as religiões seguem um curso evolucionário do "erro" da superstição primitiva ao monoteísmo "moralmente superior" reflete mais a perspectiva vitoriana de Frazer do que nosso entendimento do quão fluida e diferente a espiritualidade realmente era/é. Outra crítica a Frazer é seu uso liberal de incontáveis narrações de viagens que são questionáveis (é como o que foi falado acima sobre Heródoto) e sua falta de notas de rodapé em pontos importantes. Sua "obsessão" com o sacrifício humano, embora praticada pelos Keltoi, em alguns casos são muito mais da mitologia em geral do que da norma cultural helênica.
Em geral, politeístas helênicos trabalham com fontes antigas. Isso inclui Homero, Hesíodo, as peças como as de Eurípedes, Aristófanes, Ésquilo, os hinos de Orfeu e as fábulas de Ésopo.
Embora haja muitos autores nos últimos dois séculos que escreveram sobre os trabalhos antigos, suas versões realmente podem ser dispensadas. Por exemplo, o tema central do livro de Sir James Frazer, "O Ramo de Ouro", não é mais aceito como sendo válido para o politeísmo. Robert Graves, Edith Hamilton e Thomas Bullfinch, embora maravilhosos escritores, vêem os mitos com uma perspectiva muito da era vitoriana.
E para os politeístas helênicos vale mais a pena ler as fontes antigas. A editora Mandarim publicou a Ilíada de Homero em dois volumes, com a fonte original grega nas páginas da esquerda e a tradução de Haroldo de Campos nas páginas da direita, e ficou um trabalho muito bom. É importante salientar que, embora os mitos sejam extremamente úteis em vários aspectos, nossas crenças religiosas não se baseiam apenas neles. Por pensar assim é que muitos nos criticam achando que não deveríamos tomar os mitos como fatos, quando na verdade quem faz isso são os neo-pagãos e não nós.
Textos Recomendados:
# Textos básicos como Hesíodo, Homero, Cícero, etc. Tenha em mente o período no qual eles foram escritos: Hesíodo compôs no século VIII antes da era cristã, Homero provavelmente por aí também, mas Cícero escreveu no século I a.C. Heródoto é uma boa fonte, mas muito freqüentemente as pessoas o citam (erroneamente) como "fato" quando Heródoto na verdade está meramente apresentando uma história para você decidir se é verdade ou não.
# Artigos específicos em resenhas de publicações arqueológicas e históricas podem ser encontrados em: Journal of Hellenic Studies (JHA), American Journal of Archaeology (AJA), Anatolian Studies (AS), Annual of the British School in Athens (BSA), Classical Quarterly (CQ), Greek, Roman, and Byzantine Studies (GRBS), Journal of Indo-European Studies (JIES) etc. Esses periódicos são uma fonte importante de atualização e de desafio a teorias aceitas e podem ser encontrados nas bibliotecas da maioria das universidades.
# Mitógrafos como Karl Kerenyi ("Os Deuses Gregos" e "Os Heróis Gregos") são também boas leituras, mas lembre-se que eles devem ser estudados criticamente se você vai utilizá-los como fontes.
Textos a evitar:
# Qualquer coisa wiccana. [Vá na parte de 'Propósitos' em 'Artigos' para ver as diferenças.] Muito cuidado com as 'misturebas', uma vez eu comprei um "Dicionário de Mitologia" que trazia uma introdução de várias páginas falando na "grande mãe", numa abordagem totalmente neo-pagã. Resultado: arranquei a introdução, e tento só consultá-lo em último caso.
# A teoria de nova era das "deusas idílicas", onde "o importante é a intuição e a experiência, você deve sentir que está correto no que você diz". Essa não é uma hipótese intelectualmente respeitável mais. Ela foi inventada por conjecturar muito além do que os fatos avaliáveis permitiriam, foi guiada por agendas políticas e foi "validada" pela intuição. Embora a crença em uma Deusa universal do Neolítico tenha sido abraçada por alguns teóricos há várias décadas atrás, recentes críticos acadêmicos têm tido sérias dificuldades com esse ponto de vista, e ele está um tanto desacreditado. Porém, a maioria não se manifesta muito, para não serem tachados de 'anti-feministas'.
# Riane Eisler usa as mesmas idéias acima para argumentar que algumas características da civilização moderna (como o patriarcado, a arte da guerra, as competitividades) são desenvolvimentos históricos recentes, introduzidos pelos vilãos indo-europeus contra a população indígena de paz-e-amor. Enfadonho. Não gaste seu dinheiro com Eisler.
# Barbara Walker. Uma vez citando que as mulheres são moralmente superiores aos homens, ela se fia pesadamente em referências anedóticas e evita notas de rodapé em pontos importantes. Suas histórias, como a de 'por que Atena se tornou a padroeira de Atenas', por exemplo, na verdade não tem nenhum fundamento. Ainda mais questionável são suas tentativas de associar Koran com Kore, o que é tão ruim quanto comparar a Sandy com o Ghandi. =þ Associação de palavras não faz de ninguém um estudioso.
# Robert Graves. Aristóteles uma vez disse que "um poeta é alguém que dominou a arte de contar mentiras". Graves ao menos admite que é um poeta e não um historiador, embora as pessoas continuamente o citem como fato. Surpreendentemente (ou não) ele se tornou a fonte primária para muitas autoras feministas ainda que o próprio Graves tenha escrito que apenas os homens podem ser inspirados pelas Musas. Provavelmente, o conceito de uma deusa trina em seus aspectos de lua nova (criança), cheia (mãe) e minguante (idosa), é uma invenção de Graves. Seus mitos gregos fazem uma pequena distinção entre conjecturas e os mitos gregos reais e faz os seus leitores se perderem em um labirinto contorcido de notas de rodapé. Em uma entrevista à televisão BBC, ele afirmou que a homossexualidade era causada por ingerir quantidades excessivas de leite. (!) Sua "razão objetiva" pode ser dispensada.
# James Frazer. Não mais usado como um texto padrão de antropologia, seu volumoso trabalho, O Ramo de Ouro, é citado ad nauseam tanto por feministas quanto por escritores do neo-paganismo. Sua idéia, porém, de que todas as religiões seguem um curso evolucionário do "erro" da superstição primitiva ao monoteísmo "moralmente superior" reflete mais a perspectiva vitoriana de Frazer do que nosso entendimento do quão fluida e diferente a espiritualidade realmente era/é. Outra crítica a Frazer é seu uso liberal de incontáveis narrações de viagens que são questionáveis (é como o que foi falado acima sobre Heródoto) e sua falta de notas de rodapé em pontos importantes. Sua "obsessão" com o sacrifício humano, embora praticada pelos Keltoi, em alguns casos são muito mais da mitologia em geral do que da norma cultural helênica.
Alexandra- Administrador
- Número de Mensagens : 1071
Emprego/lazer : Psicologia, Letras e Artes
Data de inscrição : 15/01/2008
Pergunta:
O mito pelásgico da criação do mundo descrito por Robert Graves,é falço ou veridico?
Leandro de Souza- Número de Mensagens : 147
Data de inscrição : 01/07/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
O mito pelasgo da criação que Graves relata vem de um sistema matriarcal monoteísta, onde a deusa dominava o homem e era predadora das outras divindades. Ela também não era fecundada por um macho, mas sim simbolicamente por sementes na forma do vento, grãos ou insetos. Como os pelasgos são da época pré-helênica, há apenas fontes fragmentárias sobre eles na literatura antiga grega. Portanto, essa versão do mito não entraria na nossa crença reconstrucionista helênica.
Alexandra- Administrador
- Número de Mensagens : 1071
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Data de inscrição : 15/01/2008
Pelasgos, Tirentos e Helenos.. Somos todos um ?
Vale lembrar que, de acordo como Walter Burkert ao menos, que é o que tenho lido mais, os pelasgos e os tirentos eram vistos como não-gregos, ou seja.. eram povos distantos. Estariam eles enquadrados nos que hoje consideramos a "Hellas" se nem entre os próprios antigos o eram ??
Pelasgos e pré-helênicos
Os pelasgos nada mais são do que os povos pré-helênicos como os cretenses (minóicos ou minoanos), adoradores da Deusa-Mãe que os arqueólogos denominam às vezes de "Senhora das Feras". Lembro aqui que os grandes historiadiores da religião grega como Martin Nilsson insistem muito nas influências pré-helênicas sobre a religião helênica.
Ricardo Mário Gonçalves- Número de Mensagens : 139
Localização : São Paulo, SP
Emprego/lazer : Historiador
Data de inscrição : 06/07/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Thiago, foi o que eu disse, se são pré-helênicos, não seriam helênicos, oras. Rsrsrs!
Ricardo, sim, nisso tens razão, as coisas que vêm antes certamente influenciam as seguintes.
Ricardo, sim, nisso tens razão, as coisas que vêm antes certamente influenciam as seguintes.
Alexandra- Administrador
- Número de Mensagens : 1071
Emprego/lazer : Psicologia, Letras e Artes
Data de inscrição : 15/01/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Essa cosmovisão é antropologica.Numa cosmovisão teologica talves possa-se dizer que depois do Diluvio de Deucaliom, sobreviventes que se achavam unicos encontraram um certo Helên;e perceberam que havia muita gente que sobrevivera ao Diluvio de Deucaliom.Aqui no Brasíl as nações são completamente distintas umas das outras.Elas não se unem;por isso fora tão facil um país tão pequeno como o Reino Unido de Portugal e Algave comquista todas essas nações em batalha.Grecia é uma coesão de nações,que nascera desse encontro com Helên.Penso que La Senhora das Feras seje A Grande Deusa Reia,Madre de Cinco Grandes Deuses Olimpios.Quando o linea A for decifrado imagino que muitos homens mortais se suprenderão com a constatação de que a religião helênica tem mais de cinco milenios.
Leandro de Souza- Número de Mensagens : 147
Data de inscrição : 01/07/2008
...
Alguns historiadores da religião de fato relatam que Ártemis, vindo da regiões campestres distantes da Arcádia ou dos povos celto-alguma coisa (onde era chamada de Arkas = Ursa) foi se fundindo aos cultos da Grande Deusa Mãe que imperava em tempos antigos e por tanto pré-helênicos. Mas daí a Potnia Theron a SER a Magna MAter Kubbele, Réia, Deméter... é possível haver identificação, mas quanto a SER Elas eu duvido e acredito ebm pouco, ao menos com a referências que tenho até o momento.
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Pelo sim, pelo não, melhor você ler a cosmogonia pelos registros dos gregos clássicos do que ler o Graves.
Alexandra- Administrador
- Número de Mensagens : 1071
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Data de inscrição : 15/01/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Vou com a Alexandra e afirmo que é melhor ler as fontes originais (vide Diodoro Siculo, Pausanias... & CIA) do que ler as interpretações , que diga-se de passagem, são muitas e controversas. Mas se for inviável, melhor ler caras que sejam confiáveis, como o Kérenyi, o Burkert ...
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Isso mesmo, aprendeu direitinho, Thiago, hehehe.
Alexandra- Administrador
- Número de Mensagens : 1071
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Data de inscrição : 15/01/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Estou pensando em disponibilizar algumas apostilas de autores referências pra quem quiser estudar o Helenismo. Eu mesmo o sei o quão caro são os livros e mais que isso , quão difícil é encontrá-los.. então.. acho que é uma coisa legal a se fazer . Ah! tudo "GRÁTIS" , via Correios.. pra todo mundo poder ler em sua casinha, boonitinha =) e não ficar falando bobagem sem fundamento ..rsrss
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Cuidado com a lei sobre direitos autorais.A ideia é boa.Que Hermes te abençoe.
Leandro de Souza- Número de Mensagens : 147
Data de inscrição : 01/07/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Não vou fazer plágio! rsrsrs
o que acontece é que tenho pequenas monografias que eu elaborei fruto de minhas pesquisas e estudos. Todas as citações estão feitas conforme as normas e exigências.
o que acontece é que tenho pequenas monografias que eu elaborei fruto de minhas pesquisas e estudos. Todas as citações estão feitas conforme as normas e exigências.
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Alexandra escreveu:O mito pelasgo da criação que Graves relata vem de um sistema matriarcal monoteísta, onde a deusa dominava o homem e era predadora das outras divindades. Ela também não era fecundada por um macho, mas sim simbolicamente por sementes na forma do vento, grãos ou insetos. Como os pelasgos são da época pré-helênica, há apenas fontes fragmentárias sobre eles na literatura antiga grega. Portanto, essa versão do mito não entraria na nossa crença reconstrucionista helênica.
De onde vem essa informação, fiquei curiosa.
Convidad- Convidado
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Priscilla escreveu:Alexandra escreveu:O mito pelasgo da criação que Graves relata vem de um sistema matriarcal monoteísta, onde a deusa dominava o homem e era predadora das outras divindades. Ela também não era fecundada por um macho, mas sim simbolicamente por sementes na forma do vento, grãos ou insetos. Como os pelasgos são da época pré-helênica, há apenas fontes fragmentárias sobre eles na literatura antiga grega. Portanto, essa versão do mito não entraria na nossa crença reconstrucionista helênica.
De onde vem essa informação, fiquei curiosa.
Pois é, se os pelasgos não têm tantas fontes comprovadas, esse mito de Graves veio da cabeça dele!
Aparece naquelas ideias de 'deusa branca' do Graves e principalmente no livro de mitos gregos que ele escreveu/romanceou: veja clicando aqui.
Alexandra- Administrador
- Número de Mensagens : 1071
Emprego/lazer : Psicologia, Letras e Artes
Data de inscrição : 15/01/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Não recomento esse livro 'Mitos Gregos' pra ninguém, sob meu ponto de vista é um dos maiores erros da literatura 'helenista'
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Estou para pegar um livrinho que parece divertido... é uma coleção de livros juvenis de "guias de viagem" para Grécia Antiga, Roma Antiga e Egito Antigo. Parece divertido, vou pegar o da Grécia e ver como é. (pensando na nova geração, rs)
filhotedelua- Número de Mensagens : 206
Data de inscrição : 26/03/2009
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
filhotedelua escreveu:Estou para pegar um livrinho que parece divertido... é uma coleção de livros juvenis de "guias de viagem" para Grécia Antiga, Roma Antiga e Egito Antigo. Parece divertido, vou pegar o da Grécia e ver como é. (pensando na nova geração, rs)
Eu vi, parecem legai.
Convidad- Convidado
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Eu ganhei este livro e é bem bacana
É um verdadeiro quia de viagem ,desde que você esteja em 415 AEC rsrsrs
tem de tudo: acomodações, maneiras e costumes,roupas e acessórios,comidas e bebidas,balnearios e banhos,teatro, e festivais.
Vejam o que diz sobre os Festivais:
Mounykhion ( Março/Abril)
O festivalde Ártemis Muníquia, no dia 6 ou 16, é comemorado em toda a Ática, mas tem especial fulgor e beleza em seu santuario de Piréus.
Thargelion (Abril/Maio)
O mês tem seu nome derivado de Targélia , que ocorre nos dias 6 e 7 , um festival de Apolo e Ártemis,durante o qual um homen e uma mulher são escolhidos com pharmakoi (bode expiatórios), e expulsos da cidade. A última semana do mês assiste à Plyneria, o ritual de lavagem da estátua de Atena Polias.
Guia Do Viajante Pelo Mundo Antigo
Grécia No Ano 415 A.C
Pagina 101
Editora Ciranda Cultural
É um verdadeiro quia de viagem ,desde que você esteja em 415 AEC rsrsrs
tem de tudo: acomodações, maneiras e costumes,roupas e acessórios,comidas e bebidas,balnearios e banhos,teatro, e festivais.
Vejam o que diz sobre os Festivais:
Mounykhion ( Março/Abril)
O festivalde Ártemis Muníquia, no dia 6 ou 16, é comemorado em toda a Ática, mas tem especial fulgor e beleza em seu santuario de Piréus.
Thargelion (Abril/Maio)
O mês tem seu nome derivado de Targélia , que ocorre nos dias 6 e 7 , um festival de Apolo e Ártemis,durante o qual um homen e uma mulher são escolhidos com pharmakoi (bode expiatórios), e expulsos da cidade. A última semana do mês assiste à Plyneria, o ritual de lavagem da estátua de Atena Polias.
Guia Do Viajante Pelo Mundo Antigo
Grécia No Ano 415 A.C
Pagina 101
Editora Ciranda Cultural
Antônio- Número de Mensagens : 109
Localização : São Paulo SP
Data de inscrição : 30/07/2008
Re: Onde Ler e Onde Não Ler...
Joseph Campbell vê os deuses como arquétipos e não como deuses de verdade.
Alexandra- Administrador
- Número de Mensagens : 1071
Emprego/lazer : Psicologia, Letras e Artes
Data de inscrição : 15/01/2008
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